AS DESCOBERTAS DA PROFISSÃO
A falta de uma rotina nas redações faz com que os apresentadores de televisão se descubram cada dia mais.
Por Rodrigo Pereira
Calma, pausadamente, vagarosamente... Para um número incontável de pessoas, essas palavras geram algum incomodo ou desconforto.
As cobranças, os prazos, os horários, a lei do tudo para ontem que vigora no mundo contemporâneo causa a pouco, mas já presente síndrome da pressa, a angústia e ansiedade potencializada. É o que diz um estudo divulgado em 2010 pelo International Stress Management Association do Brasil (Isma-BR), entidade que estuda os efeitos do estresse, o transtorno já atinge cerca de 30% dos brasileiros.
Hoje vivemos em um mundo tão veloz, que acabamos nos tropeçamos em nós mesmos. Os jovens lidam com a um mercado de trabalho tão concorrido que precisam de mão de obra especializada. Desse modo, procuram um curso universitário, e antes de conseguir um estágio, trabalham em empresas fora da área ou até mesmo por conta própria.
Isso também aconteceu com Clébio Cavagnolle, apresentador do Hora News, na Record News.
SOBRE O ÂNCORA
Clébio Cavagnolle Cantares é Jornalista, Radialista e Apresentador. Atualmente, apresenta o Jornal Hora News, na Record News. Foi âncora do Jornalismo da Rede Internacional de Televisão e apresentou o Programa de Entrevistas Análise Direta, na mesma emissora.
Ainda em TV, atuou na Rede Brasil, como repórter e apresentador e na NET, à frente de programas de entrevistas. Passou pela mídia impressa nos veículos: Jornal da Tarde e O Estado de S. Paulo, Diário do Grande ABC, ABCD Maior e Revista Inova.
Edição de imagens: Rodrigo Pereira
Imagens: Reprodução / Rede Brasil, RIT e Record News
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Clébio Cavagnolle a frente do JR News
Foto: Divulgação / Record News
VEJA ABAIXO A 1° PARTE DA ENTREVISTA
1° (TJ BRASIL) - Clébio como foi o seu processo de
graduação no curso de Jornalismo?
R: “Foi uma época muito boa. O jornalismo era
um mercado em ampla expansão, devido os canais só de notícias que já se
pensavam em criar. Fiz a faculdade e quando entrei, ainda era bem novo, eu trabalhava
em uma empresa de transporte. Com as descobertas da profissão, através da
faculdade eu já pensava e sonhava em conquistar o meu espaço na TV”.
2° (TJ BRASIL ) - Vamos
voltar ao passado, lá em Ribeirão Pires, onde você morou, como era passar pelas
bancas de jornal e ver os jornais? Você sonhava que iria um dia trabalhar em
um?
R: “Tenho saudades daquela época. Era garoto,
passava pelas bancas e lia o Jornal Estado de S. Paulo, bem rapidamente, porque
tinha horário pra cumprir, então, não podia estender muito tempo lá e os amores
pelas palavras frases e títulos foram crescendo. Tenho a visão romântica do
jornalismo até hoje. Sou um completo apaixonado.”
3°
(TJ BRASIL ) – Quais
as principais mudanças da linguagem do jornalismo impresso que você pode notar
ao longo do tempo?
R: “A linguagem
dominante e presente dos jornais impressos daquela época eram sempre muito complexos
de entender. Eu ficava pensando e pensando... Não entendia. Hoje é uma
linguagem muito mais fácil, até mesmo no jornalismo impresso.”
4°
(TJ BRASIL ) – Os
comentários divulgados por um âncora podem gerar conflitos entre vários grupos
do País. Você em um determinado momento da vida, numa TV, fazia vários
comentários e cobranças. Qual era o seu cuidado?
R: “Devemos tomar o
máximo de cuidado possível, afinal é sua imagem que está lá. Acho muito
arriscado, mas eu estou disposto a passar por este risco. No Jornal da Record
News News, quando estou cobrindo o Heródoto Barbeiro, eu faço alguns
comentários.”